E a Universidade come...

Por Danielle Diehl, Lara Pechir, Thaís Corrêa e Thaís Moreira


Diariamente cerca de 1.500 refeições são servidas nos RUs de Mariana

Economia, comodidade e praticidade levam os alunos da Universidade Federal de Ouro Preto a almoçar e jantar nos restaurantes universitários todos os dias. Em Mariana há campus e dois Institutos, cada um com seu restaurante, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA e o Instituto de Ciências Humanas e Sociais - ICHS. Alunos graduandos de Ciências Econômicas, Jornalismo, Serviço Social, Administração, Letras, História e Pedagogia estudam em Mariana e desfrutam de uma refeição equilibrada nos RUs.

Cerca de 1.500 alunos almoçam e jantam nos restaurantes todos os dias.

O espaço do Restaurante do ICSA. Foto: Thaís Moreira.
Toda a comida é preparada em Ouro Preto, pois os restaurantes em Mariana ainda não possuem a estrutura necessária para a preparação das refeições. Duas vezes ao dia, um caminhão com dois funcionários transporta a comida que será servida em Mariana, tudo pronto para o consumo.

Funcionário descarrega o alimento. Foto: Thaís Moreira.
O alimento vem armazenado em caixas térmicas. Foto: Thaís Moreira. 

Entre os frequentadores dos restaurantes estão alunos como Carolina Batista de Oliveira, 21 anos, graduanda de Ciências Econômicas, que afirma ir ao restaurante da universidade pela facilidade e pelo tempo que economiza no dia a dia, por não precisar ir ao supermercado e nem cozinhar todos os dias. “O restaurante é uma grande facilidade para nós, alunos, que, longe dos pais, temos que aprender a dar conta de tudo sozinhos. Com a rotina corrida da universidade, o tempo que se economiza com a comida prontinha é uma ótima pedida”, afirma Carolina.

A Esquipe do Restaurante do ICSA. Foto: Thaís Moreira.
A universidade se preocupa em beneficiar os alunos com uma refeição saudável e balanceada. Por isso, duas nutricionistas trabalham para controlar cada refeição, que tem cerca de 1250 kcal. Todos os dias são servidos arroz, feijão, carne, uma guarnição, salada, suco e sobremesa, além de uma opção para os alunos vegetarianos. Além das nutricionistas, os restaurantes possuem dois técnicos que fiscalizam o transporte, armazenamento e o local de distribuição em Mariana, propiciando uma alimentação saudável e higiênica. Embora os esforços pela qualidade do serviço sejam muitos, o funcionamento não é perfeito. A aluna graduanda de História, Dominique Gimenes, destacou uma  falha dos restaurantes de Mariana, enquanto o de Ouro Preto sempre funciona, os de Mariana nem sempre estão abertos nos finais de semana e após feriados. “Parece um descaso com os alunos de Mariana”, afirma a aluna.

Um adulto necessita de aproximadamente 2500 kcal por dia. Calorias são as energias necessárias para o nosso organismo funcionar. Andar, correr, falar, respirar, tudo isso consome energia. E essa energia está presente em todos os alimentos que consumimos. Fonte: http://www.dicio.com.br/caloria/.

O custo da refeição é de R$2,00, entretanto, a UFOP disponibiliza bolsas alimentação integrais e parciais (60, 40, 20%) para os alunos carentes. Atualmente, dos quase 2.380 alunos que estudam em Mariana – ICSA e ICHS - 290 são beneficiados com a bolsa.

Para garantir que nenhum aluno em Mariana fique sem refeição, a equipe dos restaurantes se preocupam em realizar um excedente de 10% no total que se estima ser utilizado, para caso o RU receba mais alunos que o esperado. Se houver sobras “limpas” – legumes, e frutas não utilizadas - os alimentos são reaproveitadas em outros cardápios. As sobras em ingestão – restos do bandejão – são vendidas por meio de licitação para uma empresa que recolhe duas vezes ao dia, e paga R$2,87/dia. Mas isso só acontece em Ouro Preto. Em Mariana, devido ao pequeno fluxo, essas sobras são doadas a marianenses, criadores de suínos. Carlos Alberto Pereira – responsável pelo controle, custo e manutenção dos restaurantes universitários – afirmou não haver outro tipo de doação devido ao risco de contaminação e infecção.

Em uma pesquisa feita com alunos no horário do almoço no ICSA, todos afirmaram gostar de almoçar/jantar no RU devido ao clima que o restaurante proporciona: os alunos sentam todos juntos em grandes mesas, onde podem bater papo, conhecer novos amigos, tudo isso com muita praticidade e economia. Os alunos disseram adorar a ideia de não precisar fazer compras, cozinhar, lavar louça, que são mais alguns dos motivos da escolha pelos restaurantes universitários da UFOP.


Grupo 4. Edição de texto: Danielle Diehl e Thaís Corrêa. Foto: Thaís Moreira. Making off: Lara Pechir.


Making off 
por Lara Pechir

Morar em Ouro Preto, estudar em Mariana. A rotina diária comum às participantes do grupo, fez com que nos reuníssemos para fazer o trabalho de, até então, maior expressão no curso. “A cidade vai comer” exigiu dedicação, pesquisas e responsabilidade de todas para que o resultado final viesse a ser satisfatório.

O primeiro passo dado, visando a construção da matéria, foi apurar as informações e os números a respeito do fornecimento das refeições nos restaurantes universitários de Mariana, situados no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas -  ICSA e no Instituto de Ciências Humanas e Sociais - ICHS. Em busca de tal resposta fomos à secretaria responsável pelo setor e conversamos com o encarregado do controle, custo e manutenção do RU, Carlos Alberto Pereira que, atenciosamente, nos passou as informações necessárias e, muito solícito, se dispôs a nos ajudar caso fosse preciso apurar mais dados.

Dando sequência ao processo, entrevistamos duas alunas que estudam em Mariana, dos cursos de Economia e História, para saber o posicionamento dos estudantes a respeito dos restaurantes universitários. Para compor a matéria, fotos do RU do ICSA foram tiradas em diferentes momentos: desde a chegada da comida vinda de Ouro Preto, passando pela disposição da mesma no refeitório à hora em que os alunos se serviram.

Com a matéria já escrita e as fotos armazenadas, após um mês de empenho em função do trabalho, enfim nos reunimos no laboratório de redação e divulgamos a reportagem com sensação de dever cumprido, cientes que os esforços não foram em vão.

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